LIVRE AMAR

Sinto em teu beijo

o frescor matutino

de planta orvalhada,

quando as gotículas

se diluem ante

a presença morna

do sol; mas logo após,

te dou novos beijos

com gosto de rosa

aromatizada, no mesmo

instante em que,

por entre as árvores,

Deus nos presenteia

com a contemplação

de um lindo arrebol.

Deitamos sobre a relva

ainda úmida, e o sol

tépido aquece os nossos

corpos enamorados,

enquanto assistimos

o alarido festivo

dos pássaros movendo-se

em revoada; a natureza

nos brinda, com a rotina

bucólica dos elementos

naturais harmonizados,

nos ensinando como o amor

deve ser vivenciado,

conforme a unidade

coesa emanada da paz

campesina sacralizada.

Não há como não nos

comovermos com a

cumplicidade da natureza,

compartilhando em doação

amorosa do nosso livre

amar. Não há como não

sentirmos o bater

acelerado dos nossos

corações emotivos,

aprazendo-se com o gozo

amoroso das nossas almas

afinizadas. Não há como

não absorvermos,

as energias benévolas

provindas da amena

manhã, acumulando-se

tão fluídicas na essência

do nosso bem-estar.

Não há como não

agradecermos a alma

da natureza, pela

fraterna acolhida

no âmago das suas

virtuosidades naturais

sagradas. Porquanto,

se queremos bem-amar,

temos que aprender a

nutrir-nos do elo afetivo

divino que eterniza

o amor sublime entre

os elementos naturais.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 17/07/2014
Reeditado em 14/12/2014
Código do texto: T4884937
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