Era eu...
 
Era eu que te admirava da minha janela,
E pelas frestas dela te ouvia cantar,
Era eu que ansiava seu corpo, seu calor,
Como a lua que se entrega ao mar, por amor.
 
Eu era como um peixe fora d’agua; se debatia,
Por amor sofria, desejando este mar, que é você!
Era eu que dormia ao som da sua melodia,
Que acalmava a sofreguidão de não te ter.
 
Era eu que escrevia pra você,
Mas, você não entendia o meu jeito de amar.
Era eu que com você iria pra qualquer lugar
Além das nuvens... Onde quisesse me levar.
 
 Era eu a tempestade em sua maresia,
Era na realidade a sua fantasia, o teste,
A força, a fragilidade, A distancia, a nostalgia.
Isso era tudo que você não queria...
 
Hoje sou eu o espelho do seu medo de amar
A covardia do seu coração, fugindo do amor
Pra não se machucar. Sou a fraqueza de seus passos
O amor que tinha nos braços, e que deixas escapar.
 
Hoje, sou eu o calor que não te aquece.
Aquela que ainda te pede nas preces
Aquela que você não merece
Aquela que nunca te esquece...