MENINA QUE PASSA
O céu, certamente, não conseguiria pintar suas nuvens azuis
Com a mesma beleza das cores dos seus olhos
Nem o beija-flor ambíguo, parado no ar
Em flerte com a flor impassível, teria a suavidade
Dos seus gestos
Quando andas (eu zonzo perdido nas suas ilhargas)
Vejo que nem o mar teria tanto balanço
Nem as tardes majestosas teria mais encanto
Como nem as manhãs desabrochadas, trariam tanta inocência
Ah menina!
Se você ouvisse o alarido do meu coração
Pulsando
Se você lesse, o descontrole dos meus olhos
Que lhe veem!
Talvez na delicadeza de sua alma feminina
Me desse um sorriso de quem sabe que é admirada
Desses que tem a ingenuidade do descompromisso
A calma da satisfação e a leveza da ternura
Isto certamente, revelaria para mim,
No flash de um segundo,
Todas delicias do mundo
E todo sentido que a vida pode oferecer!