Perguntaram-me o que é o Amor - Uma Ode a Minha Sacerdotisa
Perguntaram-me o que é o Amor
- Uma Ode a Minha Sacerdotisa
Perguntaram-me o que é isso, que é o amor.
Cada pessoa vai sentir em si cada afecção
Cada ser sente para si as afeições
Os sentimentos que brotam em todo ardor
Ou que simplesmente surgem com brandura,
dor, mágoa... ...tudo isso que as palavras não cabem
mas tentam preencher... Oh furor o qual nascem
de nossos corações, repleto de ardor ou candura!
Mas, que é isso, o amor?
Pergunte à Sacerdotisa!
- Oh doce mulher sob as névoas cinzas
Que se esvanecem no calor
de te ver; diga-nos, que é amor?!
As brumas a cobrem novamente diante de seu despir
De longe ela nos olha, se aproximando no seu vir
doce; arfo, como arfo diante deste candor
sob meu peito...
Emudeço... ela vem, com sua túnica cândida, alva
me abraça... enrubesço sob o calor de seu colo
nu, abraçando-me carinhosamente, como se inata
fosse, como se sentir fosse... enrubescido eu a adoro,
Aconchego-me neste carinho
neste cheiro doce de mulher
mal respiro, como se não me desse,
chance... como se eu quisesse chance parar respirar fora de teu carinho.
Agarro-a... Ela respira bruscamente aliviando minha
cabeça... Não quero mais que ela fale
tampouco que me deixe sob esta fria
chuva lá fora; só quero ficar neste desarme
do intelecto, sob teus seios e braços
- Eu te amo; ela me disse. De um modo estranho
tudo que queria ouvir, era “eu te amo”.
Sentados, deito-a, deitamo-nos nós, cálidos
Como se não houvesse mais mundo,
somente esta sabedoria cândida
de minha sacerdotisa
no arfar de seus seios com este dilúvio
lá fora.
Não há mais palavras, somente este sentir, este “trazer para mim”.
- Eu te amo, disse-a finalmente como que preenchido,
tomado intensamente desta felicidade – Um sorriso!
Sorrimos os dois, sorrimos juntos, sentindo...
Este amor na totalidade.
Esta pujante felicidade.
Minha sacerdotisa... Minha mulher que sempre esteve
aqui... Tinha de ser ela
trajada em suas vestes alvas
Minha sacerdotisa a qual peço para que nunca me deixe
Não saberia nunca mais como encarar a vida
sem que tivesse de nunca mais abraçá-la,
sem sentir o candor de seu colo, sem tomá-la,
cintura, ante meus braços... Não! Não quero pensar ficar sem minha sacerdotisa.
Que de cá sempre esteve, que de perto sempre nos amamos
Mas só agora que de a mim percebo
Que em verdade, somente verdade, que a amo...
E muito mais que em somente neste leito
Almejo esta sabedoria inaudita
Quero só para mim esta linda doçura,
Este olhar translucido de pura candura
este gritar sincero de desejo – de Minha Sacerdotisa.
Oh bramir... ...me pergunto porque só agora...
Arfar sincero e único
Pergunto-me porque somente nesta hora...
respirar de prazer uníssono
...Por que somete agora percebo que te amo?
Olhamo-nos.
Olhos mareados como que agora acordados
como de a pouco nascidos, libertados
finalmente um para o outro – Tocamo-nos.
Abraço-a no aconchego de seu colo
Protegerei esta mulher de tudo o que vier
Mesmo dos terríveis tormentos que os sobrevier
Não importa! Livrarei-a de qualquer opróbrio,
anátema que a acusar
Porque a tenho, sob teu regaço.
E não importa o cansaço
o qual caia sobre mim, não hesitarei de a ajudar
de a levantar, de a suster, de a proteger!
Amor... me perguntaram o que é o amor
E minha sacerdotisa respondeu
Amando-me em sincero candor
De corpo e alma, pessoa inteira ela reapareceu
em minha vida, para que eu sinta o que é o amor
e para que não mais pense em sua partida – Oh dor!
Ela me abraça e mo diz:
- Eu te amo, (suspira), lutemos para que sejamos felizes.