Não se explica...

(...) porque vivi, não posso

deixar de lembrar o passado

que se faz presente e futuro no

eternamente;

nivelar por cima, dar voltas

por cima qualquer estação ou clima;

imaginação alusiva, sensitiva,

abusiva, carente e crente;

deslumbra os dias, nascem

poesias, mágicas, fantasias e o

jeito de lidar com o presente

numa busca de arquivos longínquos,

pedintes e imediatamente;

dor e amor não se pode explicar,

as vezes, doer e amar explica-se

no infinito do inexplicavelmente.

Marisa de Medeiros