ATEMPORAL
Há um infinito no infinito dos teus olhos...
Há um infinito na lágrima que navega tortuosamente...
Há um infinito nas minhas palavras, que no
Infinito não pode caber...
Há mistérios, alguns estéreis, outros inóspitos
onde nem eu me atrevo adentrar. Mistérios infinitos,
verdades únicas, outras parciais, parcialmente
vistas, nunca totalmente sentidas, outras jamais
compreendidas...
Há palavras e objetos que esquecei. Beijos que perdi
em meio a outras bocas que provei. Paixões que
rapidamente senti e rapidamente esqueci
no gozo do prazer...
Mas por fim, há o que Permanece: o AMOR...
Que só o infinito compreende, guarda e resguardar...
É único, singular e plural, óbvio e irracional, eterno,
eternamente infinito, ATEMPORAL...
Há um infinito no infinito dos teus olhos, ainda há
mistérios, ainda há palavras a se falar, a se escrever e ler...
Ainda há na Janela do Tempo, tempo para se viver
o que é ATEMPORAL.
14.07.2014