Enterro de um amor

Talvez os erros tivessem sido todos meus;

Tantas briguinhas desnecessárias...

De fato não houve muito compromisso da outra parte, talvez tivesse havido amor sim;

Hoje não guardo raiva, apenas ficou a dor, a dor do que poderia ter sido, a dor do que foi e do que se foi;

Uma história de filme, talvez um dia tivesse rendido um bom livro se tivesse tido um final feliz;

Mas, alguma pessoa não vem ao mundo para terem um final feliz; às vezes é só um final, nem feliz, nem triste, nem nada...

O meu final está sendo triste, é como diz a música do Tim Maia “E na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”... Deprimente eu sei, mas faz sentido.

Eu não quis me despedir, cada palavra doía tanto, até um “eu gosto de você” se transformou em uma espada de arrancar pedaços...

Não sei se voltarei a vê-lo rezo todos os dias que não o veja novamente, não que eu sinta raiva, mas porque entendi que é melhor assim.

Agora eu sinto paz, entendi dentro de mim que precisava ser assim, já não há mais palavras a serem ditas só restou à lembrança e os sonhos que ainda machucam.

É estranho como o amor e o ódio, estão tão perto um do outro, como a paz, e a tranquilidade também podem trazer lágrimas... Sei que muitas lágrimas ainda virão até que o luto termine. O vazio sempre estará presente... todos os dias, até o fim da minha vida.

Mas aprendi que é preciso deixar ir...