Amor Eternizado
Esperando em uma estação qualquer
com lágrimas cingindo meus olhos,
sentindo a dor que agora escondo que
feri minh'alma e arde como fogo em mim
Peço-lhe apenas e tão somente que vigie.
Vigie a janela de minh'alma, abra meus olhos
porque as vezes para mim é difícil ver
todas as coisas que tenho e quero na vida,
Porque como o vento, vem e vão facilmente
Como face desconhecida.
Vejo os dias passarem tão súbitos e torpes,
sentindo os dias tornarem-se anos e anos.
Sinto o flerte fatal do tempo e nestes dias
fazendo-os desaparecer aos poucos de mim.
Como uma tortura, inerte, torpe, fugaz
Faz-me parecer prelúdio de um tempo, fim.
Sinto os dias, o passado, querendo esconder,
a dor da não vida, loucura sentida, enxergar e não ver
que a despedida, naquela dia, na hora maldita
Matou também a minha vida.
Neste insólito calvário, vão e vem estes dias
traduzindo minha realidade em um conto, talvez,
tirando-me de meus dias, rotina, será que não vês?
que há mais de mim em você... De forma tardia.
Solto, volto agora para minha realidade e sei
que há compromissos assumidos, por hora deixados,
por momentos esquecidos, soprebujados talvez.
Esquecidos nunca, gravados a fogo com toda a calma
Eternizados em minh'alma e fim.