Neblina na estrada
A neblina veste a escura estrada,
Entre curvas aparece outros asfaltos no lugar do nada,
Das árvores que ilumino estáticas,
Que vez por outra o vento balançava.
Me sobe um medo aparente,
Faróis altos e por aí sigo em frente,
No volante dentro do carro,
Placas tortas informativas que não me acho.
Paralelas amarelas,
Postes vacilantes insistem apagar a rua dela,
Doce viela amendoeiras verdes belas,
Uma lâmpada acesa, olhos aflitos na janela.
No portão da garagem, o cachorro late
Me felicita chegando, logo meu coração alegre bate,
Leio a poesia branda na lágrima em seu rosto,
Estacionando me molhando em plena chuva de um mês de agosto.