Salivo maçãs
Perfumo suavemente roubo jasmins,
Pego emprestado rosas para um poema em mim,
Já no jarro d’agua pela manha,
Troco outras frutas em ti salivo maçãs.
Minha pele macia que meu corpo há anos tocara,
Meu violão sedento no qual bebíamos pura água,
Quero um copo, corpo me teme o tremor,
Quero me molhar no teu aroma, minha flor.
Balança no lençol, irás acordar,
És fã do galo que eu subornei a não cantar,
Eu sabotei o seu despertador,
Burlei as ordens do calendário, fica mais um pouco,
Meu amor.
Por fim, assim eu caio,
Perto de ti pretendo, quieto ao teu lado,
Só a minha procura é o cheiro que exalo,
És o único quadrado no qual me caibo.