Versos de Beber e Sentir
Ébrios,
No tântalo de cristal,
O rubro licor, néctar dos lábios,
Vermelhos como tal sentir
Encouraçado, do bendizer
Dentre a palavra e o verso!
Embriagante,
O olhar sensorial, o feitiço das íris
Num vagar de notas, estolas ao vento,
Ao canto dos mares pelo soar das cânforas,
Oh, o voo das gaivotas pelo céu já anoitecido,
O silêncio, o sussurro, o breu não existe!
Poema,
De escrever, de ler, de corpo,
De alma, de pele nua pelos confins
Da dinastia chamada amor de amar,
De cruzar pelo sul do equador,
No colo do horizonte, amém!
Poeticamente,
A valsa torna-se valsar
Por pífaros e violas bem afinadas
Em lá, em sol no seu pôr,
Até a lua se indo, entrelaces, poesia!
10/07/2014
Porto Alegre - RS