CERTO AMOR

e souza

Que coisa engraçada, lhe escrevi uma carta, enquanto criança eu era.

Eu estava em um parque, as pessoas passavam de um lado para

outro, eu não entendia nada.

Mas num dado momento, uma luz se aproximou, me iluminou,

iluminou o parque todo, era uma luz boa, quente, gostosa sensação

de aconchego e muita paz.

Que coisa engraçada, lhe escrevi uma carta, enquanto garoto eu era.

Eu jogava bola de gude, jogava peão, batia bafo com os outros

meninos e senti o mesmo calor de antes.

Era aconchegante e me envolveu por inteiro, a sensação de bem

estar era incomum, saliente, gostosamente irradiava por meu corpo e

por todos os meus poros.

Que coisa engraçada, lhe escrevi uma carta, enquanto rapaz eu era.

Nunca fui bom na escola, em matemática era péssimo, em física,

nem se fale, mas química me arrepiava.

Arrepiava todas as vezes que por mim passava aquela luz, aquele

brilho que jamais consegui em vários momentos explicar, tal era

o fascínio exercido em mim.

Que coisa engraçada, lhe escrevi uma carta, enquanto adulto eu era.

A física do seu corpo, a química do seu beijo, a luz do seu sorriso,

e o calor da sua pele macia.

Soube então, que por toda vida escrevi de você, para você,

mas sabia também que nunca deixaria de me escrever

e assim o amor se fez.

edsontomazdesouza@gmail.com

E Souza
Enviado por E Souza em 10/07/2014
Reeditado em 28/07/2014
Código do texto: T4876722
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