MAIS UMA VEZ

Pois é, mais uma vez

sozinho,

inevitavelmente prostrado,

apenas na companhia

de uma enorme lacuna

e de um coração amarfanhado.

Mais uma vez

açoitado por uma saudade

que é o que neste peito

ainda resta.

Nas salas dos desesperançados,

ainda existentes no mundo,

ressoam meus suspiros

dolentes,

implorativos de quem foi

simplesmente abandonado.

A minha dor nesta lamúria,

oculta-se sob os cuidados

do abstrato que

sempre existiu

em minha esperança.

Pos é, mais uma vez

um aceno perdido na

imensidão,

como um adeus lamentoso

dizendo "volta amor",

é tão fifícil viver sem você.

Wil
Enviado por Wil em 08/09/2005
Código do texto: T48753