MAIS UMA VEZ
Pois é, mais uma vez
sozinho,
inevitavelmente prostrado,
apenas na companhia
de uma enorme lacuna
e de um coração amarfanhado.
Mais uma vez
açoitado por uma saudade
que é o que neste peito
ainda resta.
Nas salas dos desesperançados,
ainda existentes no mundo,
ressoam meus suspiros
dolentes,
implorativos de quem foi
simplesmente abandonado.
A minha dor nesta lamúria,
oculta-se sob os cuidados
do abstrato que
sempre existiu
em minha esperança.
Pos é, mais uma vez
um aceno perdido na
imensidão,
como um adeus lamentoso
dizendo "volta amor",
é tão fifícil viver sem você.