O universo faz-se poema
na circunferência celeste dos lábios...
Ternura caiada de sonhos
onde se me desprende a vontade
de recolher-me em pétalas ao pôr-do-sol...
 
Doçura derramada na prata do sorriso
conduzindo o mergulho à profusão das águas,
com todos os sentidos, alma e sangue em latência...
 
Doe-me a precipitação da complacência
nas luzes e sombras que te beijam a derme

Quisera ser-me o linho que te veste
quando a sublimação dos teus traços 

morde-me a quietude, cobre-me de sal... 
Salta-me à boca na sede de todo um mar !
 
Ahhh amor... Dizes dos olhos,
por que me devoram em tempestades,
por que me sufocam o peito - esse já tão teu -

Dizes desse teu rosto amado,
banhado de beijos e poesias,
por que recende a sândalos e canelas,
por que me usurpa de mim ao passo que me alicia ?


Dizes tu ! Posto que na tua pele
valsam delírios que não ouso sussurrar...
 







Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 07/07/2014
Código do texto: T4872868
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