Poema da alma que corre

 
 
Corro pelo tempo, buscando te encontrar,
Onde me levam os versos, lugares tão distantes,
que conduz meu querer e minha alma errante,
Até onde um sonho (ou devaneio) possa chegar...
 
 
Corro de mim certas vezes,
nem sei se te quero alcançar
Corro em letras tão somente
as que sei, a ti vão me levar.
 
 
Corro de ti, iminente perigo, é verdade.
Pois que temo tua algema, que me prendas,
roubando o meu sentir de liberdade.
Corro, até que a mim tua mão estenda.
 
 
Então corro mares, oceanos e rios.
Corro do meu mais longínquo extremo,
E vão junto meus versos, viagens e desvarios.
Se a ti chegarem há que vale a pena, esse
correr-voar.
 
 
 
Não quero ser caça nem tão pouco caçadora.
Corro porque quero plantar nova semente,
e ser
flor-verdade, e não apenas flor ausente.
Preencher vazios, de versos e amor presente...




 
 



Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 07/07/2014
Código do texto: T4872631
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