Poema da alma que corre
Corro pelo tempo, buscando te encontrar,
Onde me levam os versos, lugares tão distantes,
que conduz meu querer e minha alma errante,
Até onde um sonho (ou devaneio) possa chegar...
Corro de mim certas vezes,
nem sei se te quero alcançar
Corro em letras tão somente
as que sei, a ti vão me levar.
Corro de ti, iminente perigo, é verdade.
Pois que temo tua algema, que me prendas,
roubando o meu sentir de liberdade.
Corro, até que a mim tua mão estenda.
Então corro mares, oceanos e rios.
Corro do meu mais longínquo extremo,
E vão junto meus versos, viagens e desvarios.
Se a ti chegarem há que vale a pena, esse correr-voar.
Não quero ser caça nem tão pouco caçadora.
Corro porque quero plantar nova semente,
e ser flor-verdade, e não apenas flor ausente.
Preencher vazios, de versos e amor presente...