Bichinho que rói
É coisa difícil,
longe como o infinito!
É oco ou cheio,
transborda!
Quem nele está é criança,
é santa inocência,
é o pouco ou o muito.
Entre o amar e o estar pronto para,
não existe um caminho.
Ou se ama ou se ama,
contado, pensado,
intensificado no exato tempo,
que de tão exato se perde,
não há entrelinhas nos intervalos.
Ou chora ou ri
ou talvez ri e chora sem feições.
Não se sabe!
É o nó que ata,
desata,
desenrola e evolui.
É contínuo, retrocedente,
não há um segredo revelado
pelo simples fato de ser segredo.
É o laço entrelaço.
É como a noite e as estrelas,
uma completude!
É o lindo,
é a lágrima ou o exagero!
É pluralidade do segredo ...
... dentro dos segredos,
que não se revela,
jamais se compreende,
apenas se entrega.
É história contada,
vivida, chorada,
é história linda,
construída.
É sem fim,
pois o mesmo é eterno,
tem apenas inícios,
sendo sol ou chuva,
não importa.
Ele é todos os dias,
frio ou quente!
É vento brando
ou é até mesmo
a tempestade!
É o outono, o inverno,
verão ou primavera.
O mesmo é a própria vida!
Quem dele experimenta
nunca morre,
apenas dorme ...
dorme e descansa ...!
É o segredo,
entre segredos,
intimamente vivido
e jamais,
em hipótese alguma,
explicado na íntegra!