Não pude me conter
Recobrei minha consciência
muito palidamente...
Me sentia ainda em demência
e me achava estranhamente
perdido entre as brumas do tempo.
Não conseguia falar
e também não sentia alento
nem para pensar...
Balbuciava com medo,
um perfume diferente impregnava o ar.
Era ainda cedo
para tentar ouvir
a voz do meu coração,
mas podia sentir
toda a minha excitação,
em todos os sentidos.
Consegui então,
ouvir a voz do meu coração.
Não pude me conter
e isso somente me encantava,
minha primeira lágrima começou a descer
porque tudo me fascinava.
Frenético pelo encantamento,
comecei a gritar...
Havia me encontrado no tempo,
consegui me aliviar.