VOCÊ, SEMPRE VOCÊ . . .

você sempre me furta

com esses olhos famintos

que não se fartam

de mim;

você furta o meu olhar

porque ele

chove imagens de você...

o meu sorriso,

até as vezes triste,

você o leva por inteiro

e os teus olhos

sorriem primeiro

antes de rirem pra mim...

ah, que se você não fosse você,

eu não saberia a utilidade

desse pronome

e me perderia em conceitos

de amar

que bom ter de você

olhos que me furtam,

mas não a alegria

de te ver,

nem meus olhos,

em sono, de sonhar!

(Tadeu Paulo – 2007)