Ampulheta Surreal
Fim de tarde, o inverno
Aos poucos, desliza na cortina de rendas,
Envolve o tapete azul, os móveis da sala...
Enquanto o vento suave admira os porta-retratos.
Lei e releio tuas cartas, acaricio tuas fotos,
Marcadas pelo tempo.
Sinto-me sozinha em uma ampulheta,
Desenhada pela saudade,
Um labirinto de lembranças,
Sons, aromas e imagem tão nítida,
E tão distante do teu rosto.
Difícil conter as lágrimas...