Ainda Existe Um Coração Aqui
Havia uma velha mansão abandonada
Em sua volta, o mato estava alto
Os portões descascados, acorrentados por correntes enferrujadas.
Uma árvore seca e um jardim morto...
Folhas secas pelas escadas
E uma grande porta de madeira, emperrada.
A antiga mobília, coberta pelo pó, já não tem mais cor.
A vitrola está quebrada, sem graça, foi esquecida.
No alto, um lustre de cristal, apagado e sem brilho.
Inofensivas e quase imperceptíveis,
As aranhas tecem suas teias, de um canto à outro.
Não se atreva a abrir o porão, tem fantasmas lá.
Já não se via mais solução, a não ser, demolir toda a velharia...
Até que um belo moço que ali passava, por um acaso,
Avistou aquela velha mansão que mais parecia assombrada
E pode ver uma beleza na qual os olhos não poderiam enxergar...
Caminhou entre o mato alto
E ao se ver em frente àqueles portões, ele quebrou as correntes,
Plantou novas flores no jardim,
Cuidou da velha árvore seca e a viu dar frutos.
Envernizou a grande porta de madeira ,
Renovou a mobília
E acendeu novamente o lustre, trazendo luz àquela sala escura.
As aranhas envergonhadas, se foram...
E os fantasmas eu não sei, mas nunca mais os vi!
Na vitrola, música!
E no ar, amor!