Caminhos

São caminhos sem nome.

Atravessam a febre das plantas

e o hálito da terra.

Terminam quando a noite os fecha

e a cegueira nos prende ao nada.

É então que a loucura desce

viscosa como uma língua

e nos toma os dias repetidos

sem paixão e sem mudança.

Dizes o meu nome e inteiro me faço

nascendo gentil da tua boca,

para ir por onde, rouca, a tua voz me arraste.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 30/06/2014
Código do texto: T4864688
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.