Caminhos
São caminhos sem nome.
Atravessam a febre das plantas
e o hálito da terra.
Terminam quando a noite os fecha
e a cegueira nos prende ao nada.
É então que a loucura desce
viscosa como uma língua
e nos toma os dias repetidos
sem paixão e sem mudança.
Dizes o meu nome e inteiro me faço
nascendo gentil da tua boca,
para ir por onde, rouca, a tua voz me arraste.