Estigma
Sem ele sou nau sem rumo,
vela sem pavio, vaso sem flor.
Por ele mudei meu rumo,
transpus barreiras,
criei coragens, ousei.
Com ele preciso estar,
pois é a luz a guiar
os espaços que percorro.
A fim dele estou hoje,
estive ontem e estarei sempre,
algo me diz.
Para ele ofereço tudo,
o que posso e o que não posso,
o que devo e o que não devo.
É ele o estigma, o carma
que a vida reservou,
para essa carência de amor.