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Desfeito

E ela abriu as mãos...
Sentiu escorrer por entre seus dedos
Areia  do mais puro sofrimento  
A dor amarga da perda.

De todos os seus pecados ambíguos
O maior foi amar desmedidamente
E ela abriu as mãos...
Sentiu que jorrava toda a sua vida.

Seus sonhos eram pedacinhos
Fragmentos de momentos
E ela abriu as mãos...
Escorreu seu eu mais profundo.

O mágico encontro permitido adoeceu
Os laços foram rasgados
E ela abriu as mãos...
O tempo parou estático... condoído

Seu sorriso vacilante e tremido
Como a desejar um rompante louco
De voltar atrás ...
Entre lágrimas ela se libertou.

E abriu suas mãos em renúncia.

 
Morgana Mi
Enviado por Morgana Mi em 29/06/2014
Reeditado em 29/06/2014
Código do texto: T4863571
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