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Desfeito
E ela abriu as mãos...
Sentiu escorrer por entre seus dedos
Areia do mais puro sofrimento
A dor amarga da perda.
De todos os seus pecados ambíguos
O maior foi amar desmedidamente
E ela abriu as mãos...
Sentiu que jorrava toda a sua vida.
Seus sonhos eram pedacinhos
Fragmentos de momentos
E ela abriu as mãos...
Escorreu seu eu mais profundo.
O mágico encontro permitido adoeceu
Os laços foram rasgados
E ela abriu as mãos...
O tempo parou estático... condoído
Seu sorriso vacilante e tremido
Como a desejar um rompante louco
De voltar atrás ...
Entre lágrimas ela se libertou.
E abriu suas mãos em renúncia.