Indelével
Eu começo porque não há como controlar os começos,
De resto tudo mantenho, sem que nada encerre.
Meu coração é de todos que em mim iniciam.
Mantenho, em cada instante,
O que neles retiro de mim mesma.
E traduzo: indelével, em cada máscara nova.
As esmalto de dourado, preto-pó.
Eles não me guardam,
Ou me aguardam,
Enuviados de lembranças mortas
Na nuvem de pelo menos três cigarros.
Anda comigo os restos deles, que são meus,
Sem que nada permita-me finalizar.