Cala-te
"CALA-TE
Cala-te no silêncio dos meus olhos
Deixa-me mostrar o que sinto
Nenhuma palavra se faz necessária
Apenas
Cala-te
Cala-te ao brilho dos olhos meus
Deixa-me contar o meu encantamento
Incontável, infinito, indigesto
Apenas
Cala-te
Cala-te ao movimento dos meus lábios
Deixa-me aprender tuas curvas
Sem sentido anti-horário, sem hora marcada
Apenas
Cala-te
Cala-te a essência do meu corpo
Deixa-me provar do teu fruto proibido
Ainda que haja castigo
Apenas
Cala-te
Cala-te ao meu toque ingênuo
Deixa-me aprender por hora tudo aquilo que não sei
Sem malícia, só desejo, puro toque
Apenas
Cala-te
Cala-te ao ver todo meu amor
Tão grande, ainda que não se possa medir
Tão pequeno, perto de toda essa imensidão
Apenas
Cala-te
Cala-te ao provar, ao sentir, ao gostar
Esse gosto que se renova a todo momento
Viva e sinta tudo isso, e
Apenas
Cala-te"
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