Balé do Amor
A primeira lágrima
Já enfeita a folha em branco,
Vazia de palavras, de obstáculos,
Mas não de versos, estes vêm do além,
Por escribas e escreventes do ventre,
D’onde a beleza se faz ao silêncio!
Em toda poesia
Pela América do Sul o dia se foi,
Em raio de sol, em crepúsculo,
Que por sua fez trouxe a noite,
A boêmia de amar, de dançar
Pelo verde enluarado, ais...
Seda roupão, seda camisola!
O primeiro beijo
É doce com o néctar da flor,
O mel da colmeia, do alvéolo
Pintado em cada poro do lábio
Vermelho, balsamo d’alma,
Da virtude de sentir e sentir
Pelo corpo à flor da pele, sussurro!
Da confidência à inconfidência
Pela luz estroboscópica
O balé de todo amor!
25/06/2014
Porto Alegre - RS