A CORÇA
Foges de mim, corça indomada,
Como quem foge de si.
Não vês que a grama verde
De meu coração é teu melhor repasto?
E que minha água é boa
E minha mata a tua melhor guarida?
Por que foges de mim,
Corça graciosa?
Não vês que meu céu é mais azul
E meu vale mais florido?
Não vês que o mal que te espreita
Não cabe na estreiteza de meu peito
Que somente a ti ampara
Ou espera?