Deusa
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Como exprimirei, em palavras,
ó Deus, tanta beleza?
Meus dedos, temerosos,
estão longe da expressão da tela.
O que escondes, por que não revelas?
Curvo-me diante das tuas curvas;
debruço-me atrás de mim mesmo,
admirando teu busto,
enlevo da minha subliminar visão;
encantamento que me constrange.
Ajoelho-me e me submeto, pleno.
Que olhar sedutor e imponente!
Que romântico congraçamento da beleza!
Curvas... Curvas...
Retas e curvas,
curvo-me.
Os raios do Sol banharam-te de luz.
Tuas mechas e madeixas no ar flutuam...
Borboletas? Pirilampos? Cristais?
Não, claro que não! – quanto atrevimento.
É apenas o teu brilho ofuscando a realidade.
Iguatu-CE, 25 de junho de 2014.
18h53min
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