JURAS ...
Juro, é de coração, pode confiar
Toda vez e às vezes ele dizia
O que escorria de sua língua a passear nos poros da imaginação
Cada ato um ato a se redimir
Na inconstância do sentir revigorava a promessa
Bílis a adocicar o querer
O amor vive de si mesmo
Segura em sua redoma de fantasias ela estava
No calor dos beijos, abraços e carícias, o esquecimento
O corpo forte frágil a esconder o segredo
Ilusão ganhando forma, cor, vontade e desejo
Eu te amo, tu bem o sabes
Hipócrates a rir no túmulo
Juro que o que te digo agora é no agora de nós
Pouco importa o ontem e o depois
Juro que de constantes juras, novas ou não, te direi: é de coração, pode confiar
Nela um riso
Segredo a se revelar
Ela o tem nas mãos
Amar, domínio dela
O amor, ah o amor, cada um o vive a sua maneira