A diluir e beber
Do que adianta
Pomar sem frutos
Jardim sem flores
Relógio sem ponteiro
Monge sem mosteiro
Do que adianta
Bússola sem agulha
Remédio sem doença
Violão sem acústico
Do que adianta
Cigarro sem solidão
Intelectual sem depressão
O Um Anel sem a perdição
De todo "sem", sem algum
Porque nada é, se não, um serviço as estrelas
Teu sorriso das coisas bobas
Também das mais singelas
As aventuras do teu mundo,
Diárias e extraordinárias
Aparece e desaparece
A mim e a qualquer ciência, desconhece
Mas quando vem
Preenche lacunas
Até as mais profundas
e,sem dúvidas, as que ainda nem foram inventadas