Chico de todas as mulheres
Você tocou a minha mão
Roçou meus lábios...
Eu, ainda menina-mulher
Declarei amor a sua poesia...
Você entrou pela porta entreaberta
Escondeu-se no meu porão
Iluminou os cantos
Enfeitiçou-me com suas palavras
Marcou minha pele virgem
Grudado numa tatuagem
Dando-me força e coragem
Feito meu mandarim...
Sou sua Rita, quero voltar...
E, grudar no seu peito.
Outra vez!
Acorda amor...
Eu tive um pesadelo, agora...
Amarrada embaixo duma escada
Sozinha num porão...
Aflição!
Acorda amor...
Sou a Ana vinda de longe
Trazendo no corpo
Desassossego...
Mas, não sou de Amesterdam
Sou a Ana sem voz, sem vez
Sou a Ana do Brasil!
Sou a mulher do seu estribilho
Embalando o filho perdido
De todas as mães...
Chorosas Angélicas...
Sou Bárbara.
Vem, vem, vem...
Meu amor, vem me buscar
Na verdade sou Ana,
Ana de todos os nomes...
Ana da sua pintura,
Apenas uma atriz
Louca, chorando sua falta
Tentando ser feliz,
Agora, sou a Ana
E, a sua Beatriz...