Chico de todas as mulheres

Você tocou a minha mão

Roçou meus lábios...

Eu, ainda menina-mulher

Declarei amor a sua poesia...

Você entrou pela porta entreaberta

Escondeu-se no meu porão

Iluminou os cantos

Enfeitiçou-me com suas palavras

Marcou minha pele virgem

Grudado numa tatuagem

Dando-me força e coragem

Feito meu mandarim...

Sou sua Rita, quero voltar...

E, grudar no seu peito.

Outra vez!

Acorda amor...

Eu tive um pesadelo, agora...

Amarrada embaixo duma escada

Sozinha num porão...

Aflição!

Acorda amor...

Sou a Ana vinda de longe

Trazendo no corpo

Desassossego...

Mas, não sou de Amesterdam

Sou a Ana sem voz, sem vez

Sou a Ana do Brasil!

Sou a mulher do seu estribilho

Embalando o filho perdido

De todas as mães...

Chorosas Angélicas...

Sou Bárbara.

Vem, vem, vem...

Meu amor, vem me buscar

Na verdade sou Ana,

Ana de todos os nomes...

Ana da sua pintura,

Apenas uma atriz

Louca, chorando sua falta

Tentando ser feliz,

Agora, sou a Ana

E, a sua Beatriz...

Ana Marly de Oliveira Jacobino
Enviado por Ana Marly de Oliveira Jacobino em 23/06/2014
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