A DOR, O AMOR E O TEMPO
Já doeu muito mais do que dói agora;
Já quase dilacerou meu peito;
Já quase me dividiu ao meio;
Já doeu bem mais, foi bem mais feio.
Mas, o tempo foi passando, apesar de lento,
Devagar ele ia levando a dor, angústia e o sofrimento.
Comecei a ver que as noites não eram eternas
Que os dias sempre chegam, com Sol ou nublados,
Os dias sempre chegam, sempre chegarão.
As mesmas lágrimas que secaram de derramarem-se dos meus olhos
Foram as mesmas que regaram o meu coração para que nele
De alguma forma o amor pudesse habitar.
Então, percebi, que o tempo cura a ferida
E que depois da dor ainda haveria vida.
Hoje eu posso sonhar com uma esperança
De, mesmo tendo você em minha lembrança,
Ressuscitar para o amor e para alegria...
Já foi bem pior; já doeu muito mais...
Hoje não há mais agonia
Minha dor agora só fortalece a minha poesia.