A DOR, O AMOR E O TEMPO

Já doeu muito mais do que dói agora;

Já quase dilacerou meu peito;

Já quase me dividiu ao meio;

Já doeu bem mais, foi bem mais feio.

Mas, o tempo foi passando, apesar de lento,

Devagar ele ia levando a dor, angústia e o sofrimento.

Comecei a ver que as noites não eram eternas

Que os dias sempre chegam, com Sol ou nublados,

Os dias sempre chegam, sempre chegarão.

As mesmas lágrimas que secaram de derramarem-se dos meus olhos

Foram as mesmas que regaram o meu coração para que nele

De alguma forma o amor pudesse habitar.

Então, percebi, que o tempo cura a ferida

E que depois da dor ainda haveria vida.

Hoje eu posso sonhar com uma esperança

De, mesmo tendo você em minha lembrança,

Ressuscitar para o amor e para alegria...

Já foi bem pior; já doeu muito mais...

Hoje não há mais agonia

Minha dor agora só fortalece a minha poesia.

JOSÉ WILSON DOS SANTOS LIMA
Enviado por JOSÉ WILSON DOS SANTOS LIMA em 20/06/2014
Código do texto: T4852184
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