Lobo

Meu amado, meu querido,

Dorme em paz em meu peito,

Desfaz em lamúria nosso onírico leito,

Esquece esse coração tão empedernido…

Mentiras de amor devem ser perdoadas,

Reconsidere tirar esse grilhão

Que prende a ti meu coração,

Não me deixe aprisionada, apaixonada

Mas, ah!, me tortura tanto

Principalmente por saber que tanto lhe amo,

E então agora lhe declamo

Que jamais possa ouvir esse meu pranto

Ora lobo, és belo e selvagem

E rasga minha carne com tuas enormes presas,

Me faz acesa,

E em um penhasco joga-me, dentro de minha carruagem

Ora acônito, és apaixonante

E me hipnotiza com tua fragrância suave

Embora seja venenoso e floresça em um enclave,

Oh, deus meu, és assassino tão elegante…

Lolla Fronza
Enviado por Lolla Fronza em 20/06/2014
Código do texto: T4851842
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