Lobo
Meu amado, meu querido,
Dorme em paz em meu peito,
Desfaz em lamúria nosso onírico leito,
Esquece esse coração tão empedernido…
Mentiras de amor devem ser perdoadas,
Reconsidere tirar esse grilhão
Que prende a ti meu coração,
Não me deixe aprisionada, apaixonada
Mas, ah!, me tortura tanto
Principalmente por saber que tanto lhe amo,
E então agora lhe declamo
Que jamais possa ouvir esse meu pranto
Ora lobo, és belo e selvagem
E rasga minha carne com tuas enormes presas,
Me faz acesa,
E em um penhasco joga-me, dentro de minha carruagem
Ora acônito, és apaixonante
E me hipnotiza com tua fragrância suave
Embora seja venenoso e floresça em um enclave,
Oh, deus meu, és assassino tão elegante…