Não.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Não,
Não me roube a solidão.
De que me servem outras pessoas
Se meus sentires é por ti que são?
Não,
não me roube a saudade
Que o alarde da tua ausência
É na solidão que se recompõe.
Por isso me deixe com o silêncio
Porque assim ouvirei a porta entreabrir...
E quando teus passos invadirem os aposentos,
Por certo haverá tomarei tento...
E, se de todo decidires não vir, sei não.
Deixe que eu peça a todos
Não me roubem a solidão.