A Origem do Amor
O amor no mundo teve origem
Quando a imagem da primeira virgem
A visão de um garoto iluminou
Houve então o surgimento da paixão
E pela primeira vez um coração
Por amor chorou
Um mundo onde ainda não existia o mal
Aquela garota de beleza angelical
De formosura era repleta
O garoto na alegria ficou imerso
E para ela fez um verso
Surgindo assim o primeiro poeta
A garota ficou encantada
Com a declaração de amor enamorada
Abrindo um sorriso ao ouvi-la
Seus sorrisos foram tão brilhantes
Que se eternizaram como diamantes
Lá no céu, surgindo as primeiras estrelas
Houve o primeiro brilho de um olhar
E para dar cenário romântico a quem viesse a amar
No céu a lua surgiu
Os primeiros pássaros pelos ares bailaram
E a primeira melodia cantaram
Quando a bela garota novamente sorriu
Com o aflorecer do primeiro beijo
Surgiu a doce sensação de desejo
E nasceram árvores com frutas diversas
Houve as primeiras carícias inocentes
Apareceram, no céu, as primeiras estrelas cadentes
E na primeira brisa perfumada suas almas foram imersas
Por onde passavam trocando carinho
No rastro do caminho
Cresciam as primeiras flores
Desabrocharam as primeiras rosas
Margaridas e azaléias tão charmosas
Presenteando o primeiro de todos os amores
Aos poucos iam se descobrindo
Junto daquele amor ia surgindo
A linda e bela natureza
Do amor, buscavam a essência
Na cumplicidade sentiam que a existência
Da vida deveria ser envolta em beleza
Trocas de afagos mais delirantes
A noite de amor dos primeiros amantes
Os primeiros suspiros entregues ao amor
A cada suspiro, um rio se formava
A cada beijo, uma cachoeira se originava
Onde ao dia formava um arco-íris encantador
Até que um dia a garota, inocente
Foi seduzida pela serpente
Que lhe ofereceu a fruta proibida
A garota, de pensamentos era pura
E confiou na criatura
Rendendo-se a uma mordida
Surgira então o mal, surgira a inveja
Aquela serpente que rasteja
Acabara de destruir o primeiro amor
As árvores, suas primeiras flores perderam
Os primeiros pássaros padeceram
Acabara de murchar a primeira flor
O garoto entrou em desespero profundo
A inocência do amor fora vencida pelo mal, no mundo
E de seus olhos sairam as primeiras lágrimas
Lágrimas essas, que deram origem aos oceanos e mares
De seus gritos surgiram tempestades e trovões pelos ares
Chorava versos em angustiantes rimas
Surgia assim a dor e a tristeza
De sentir-se preso a uma correnteza
Que nos leva por caminhos sem direção
Pela primeira vez alguém sentiu mágoa na vida
Pela primeira vez alguém sentiu-se solitário e sem saída
Surgia a saudade a angustiar um coração
Hoje, cada estrela que brilha intensamente
Reflete o sorriso da garota inocente
Para quem o poeta fez os primeiros versos de amor
A alma da menina é a brisa perfumada
Que protege os amores da inveja desalmada
Daqueles que são a serpente sem valor
Cada paixão que se completa
Traz conforto à alma do poeta
Que à procura de sua amada, na natureza vive a vagar
Quando sua alma sente a brisa perfumada
Suas lágrimas surgem em cada nuvem carregada
Expressando a saudade de quem foi o primeiro a amar