A única bolacha do pacote
Certa inconstância um pouco nos aluga
e o coração tenta fazer um novo ninho;
imagina até, buscar uma rota de fuga,
mas, cai em certo peito onde inda suga,
o sumo de um querer que foi espinho...
Amor deve ser mau cabrito, ele berra,
busca as águas que moveram moinho;
faz de contas que um capítulo encerra,
Rambo sai como que, pra outra guerra,
mas, sede erra querendo o velho vinho...
Aí não valem novas placas que vemos,
tampouco bastam argumentos do frio;
e o futuro, nas mãos do passado lemos,
esse medo de perder o que não temos,
denuncia que temos ainda, lugar vazio...
Não há outro pesticida para essa praga,
arranjos da razão, pro coração, esqueça;
é o único final feliz possível à dura saga,
não é moeda co'outro amor não se paga,
mais do mesmo, por incrível que pareça...