Fado Meu***
E tu,
vai me deixando os teus sinais
E eu,
vou te percebendo em mim
cada vez mais
No vento que te traz
junto ao aroma de alfazema
Guardo-te n’alma e te eternizo
nas entrelinhas d’um novo poema
E neste dilema, entre,
sentir-te ou não meu rio
Dentro do meu peito expoente
tuas águas já me tomam por inteira
Preenches o vazio
Corres livre em minhas veias
E a saudade dorida é fado que deságua
no coração, onde a tristeza margeia
Guardo-te n’alma e te eternizo
nas entrelinhas, d’um novo poema