DALTÔNICA

Confundo a cor dos seus olhos...

Talvez efeito do álcool...

Do amor, excesso e descuido

que não grava o essencial...

Fantasia de minha ótica,

que colore a sua imagem,

o seu olhar de TUPÃ?

Ou seria a do Tarzan?

Cor de mel, ou cor do verde

das matas onde anda nu?

Cor do céu, dos areais,

das praias brancas sem fim,

que te separam de mim?

Das matas, dos campos ocres

do trigo amadurecido...

Castanhos, cor de pinhão?

Negros como a noite escura...

Azul que encerra a cura,

para o meu viver sedento?

Sem cor por um indispor,

da minha cegueira ou então,

aquarelado em canção?

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/06/2014
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