EU TE JURO...

Um dia, quando chegares à laje em que descanso,

não mudes teu meigo gesto, tímido e manso...

Não chores nem lamentes, pois tudo já foi dito...

Esqueça as flores, sinta apenas seu perfume...

Não odeies nem blasfemes, nem sinta ciúme...

Na pedra fria é úmida algo haverá por certo escrito...

Ore apenas e, solitária na saudade, não leias nada...

Pense apenas no que fomos na jornada

que marcou nossa passagem neste amor de solidão!

Eu te juro, inda que vagando esteja angustiante,

hei de encontrar-te neste mesmo instante,

pois quem amou tal qual amamos, o rumo norte é o coração!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 07/09/2005
Código do texto: T48479
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