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Dantes quisera eu, pobre tola,

Tocar as plumas das tuas asas

E provar o mel das tuas palavras

Mas vejo que o tempo já urge…

Por tantas odes compostas em teu nome

Tento embriagar-me nessa tentativa própria de soltura

Porque faz com que me dissolva após toda essa longa tortura

Pelos devaneios meus em que te torno homem

Com esse de tantos outros solilóquios

Tenho por intuito deixar de sofregar

Pois sei que não poderei dormir enquanto não te devorar

Nem me extasiar com o tom suave da voz tua

Afasta de ti esse tão querido ócio

Pois de todas as minhas perfeitas sonatas

És então tu aquela que me mata,

Tornando-se a mais preciosa

Meu alcaide amado,

Nutre dessa tua menina a fome insaciável de poesia,

Faz-me agora uma unguífera sonatina,

E faz jus ao meu taciturno coração a ti condenado…

Lolla Fronza
Enviado por Lolla Fronza em 16/06/2014
Reeditado em 16/06/2014
Código do texto: T4847037
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