Por debaixo dos panos...

Há em minha alma um sonho insepulto

Sequioso de amar pelas entrelinhas da poesia

Já que o mundo arde labaredas, ama de covardia

E faz da criatura fantoche de pseudo culto.

Meu senso de amor é ingênuo folgar de carícias

Que traz da sofreguidão o êxtase que enternece,

Mas a vida toma do infortúnio o estresse

Numa leva de hipocrisias adornadas de malícias.

Meu amor eclode em palavras vitaminando estrofes

Que saciam venturas sublimes, driblam entorses

E permitem que os poemas alimentem o vazio...

É a arte produzindo o amor do mundo crônico

Que ainda não pereceu, dorme, bebeu distônico

Para não mais assistir às barbáries sem estio!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/06/2014
Código do texto: T4845603
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