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O que guardei? Advinha...

Me fiz deusa das águas para que tu fosses minha fonte,
No amanhecer da primavera, nas tardes de outono,
Em noites iluminadas pela luz da lua e céu
Bordado de estrelas, vibramos vendo o horizonte.
Juntos saciamos nossa sede
Nas águas transparentes e doces, também
Nos banhamos...
Brincamos com bolas coloridas de sabão,
Admirando nossas imagens no espelho d'água...

Senti o deslizar da fonte sobre meu corpo,
Carícias em nossa pele macia, inundaram e
Mudaram tudo dentro de nós
E o rumo de nossas vidas.
Assim nos tornamos um do outro,
Uma espécie de "vasos" comunicantes.

O sol  manda seu brilho pelo vidro da janela,
Miro teu sorriso, contemplo o azul do céu,
A cama nos pede mais...
No aconchego dos teus braços,
És meu, sou tua.
´
A lua nos presenteia com suave brisa,
Que invade nossa alcova.
Refaço as malas, é hora de ir,
Sorrindo, tu me lembras que ainda estou nua.

Entendemos nossas responsabilidades,
Naquela hora, precisamos ser fortes.
Dobro os lençóis, desligo a luz,
No jardim ao lado o vento sacode as folhagens,
Em nossos corpos tatuados fica
Algo de mim, de ti.
Abraçados, nossos corpos colados, olhos nos olhos...
É difícil decidir, se ficamos
Ou se devemos partir.

Desse amor, não de contos de fadas,
Mas de sonhos lindos e realizados,
Guardo teus murmúrios em meus ouvidos,
Teus doces ais, teus gemidos.
Guardo também todas as melodias de tudo
Aquilo que dissemos no silêncio, quando,
De tanto amor nos faltou... A voz!
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Ísis Dumont
Minha eterna fonte de amor!



 




 

 

 
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 14/06/2014
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T4844975
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