Meu eu em você
O seu cheiro vive em minha carne
Rasga meus olhos e escorre pelos cantos
Passam pelo meu peito, se esvaem sem direção
Despencam, caem, tocam o chão
Fazem tanto barulho quanto a saudade dentro de mim
A sua voz parece infinita
Na minha mente como fina musica
Toca e repete, me entorpece
Com refrãos embasados na lembrança
Meu desejo me conduz em uma dança
A vejo e não posso toca-la.
A sua pele me foi como papiro
Onde nela escrevi todos os meus delírios
Os meus versos solitários
Que procuravam em sua alma chegar.
O seu gosto vive em minha boca
Todas nossas promessas loucas
Sua risada boba,
Delas eu nunca consegui me desligar.
Me fazem companhia entre o silencio externo
Conversamos, enquanto espero você voltar...