Versando o Sentir

Versando o Sentir

Em noite desnuda-se à tarde

Meio flamenca, toda linda,

Içá de lua cheia explicita,

Majestosa testemunha do ais,

Do verbo versado, sobre a cereja

Sonata de beijar!

Seda para esvoaçar

No dançar das estrelas

Pelo chão brilhando como pétalas

Em flor, em trilhas do amar

Borrifadas de orvalho,

Feito lágrimas no cenho

De face tênue, tenro sonhar!

Para o silêncio palavras,

Codinomes, fábulas de Cinderela

Rompendo cada segundo da penumbra

Em arte com a nostalgia, enquanto os lábios

Escrevem e se descrevem em poesia

Pueril d’alma aliança ao âmago,

Embriagando o corpo, deixando a nudez

Aos lamentos etéreos da madrugada!

12/06/2014

Porto Alegre - RS