SEMPITERNO DIA DOS NAMORADOS
Ainda que você não vivesse,
eu pediria ao criador do tempo um pouco de espera,
só pra lhe esperar.
Ainda que não mais você vivesse,
eu pediria ao escultor das criaturas
pra lhe recriar e lhe reanimar.
Ainda que não mais lhe encontrasse,
eu ficaria toda a vida a imaginar:
sua tez morena, sua meiguice,
sua boca pequena, seu olhar sereno . . .,
estáticos,
como se somente minh´alma os visse e os refletisse,
intactos
. . .
Ainda que não fosse verdade,
começo a ver, agora, você saída dessa imagem inventada e sonhada:
intrépida, lúcida, cúmplice, amante e amada;
atitudes e olhares cativantes
. . .
Ainda que não tivéssemos uma história,
sabe que eu até a inventaria?!...
Mas uma história sem sofrimento, cheia de bons momentos,
de lutas ganhas, façanhas, proezas, gentilezas ...
Uma história que lembrasse quantos tesouros descobrimos
na pobreza de nossas mesas,
também descobertas.
Uma história que rememore um certo
“Dia dos Namorados”
em que nada havíamos comprado para uma troca de presentes.
Lembra?
As lojas eram raras e caras!
As flores eram colhidas nos jardins ou nos quintais.
Nesse Dia, não se rimou flor com amor.
Nenhuma rosa se encontrava mais.
Foi quando inauguramos,
só para nós,
“O Sempiterno Dia dos Namorados”.
Um dia sem horário, fora do calendário,
sem começo e sem fim.
Assim:
Eu, eterno presente,
e você eternamente junto de mim.
“Ainsi soit-il !”
Ainda que você não vivesse,
eu pediria ao criador do tempo um pouco de espera,
só pra lhe esperar.
Ainda que não mais você vivesse,
eu pediria ao escultor das criaturas
pra lhe recriar e lhe reanimar.
Ainda que não mais lhe encontrasse,
eu ficaria toda a vida a imaginar:
sua tez morena, sua meiguice,
sua boca pequena, seu olhar sereno . . .,
estáticos,
como se somente minh´alma os visse e os refletisse,
intactos
. . .
Ainda que não fosse verdade,
começo a ver, agora, você saída dessa imagem inventada e sonhada:
intrépida, lúcida, cúmplice, amante e amada;
atitudes e olhares cativantes
. . .
Ainda que não tivéssemos uma história,
sabe que eu até a inventaria?!...
Mas uma história sem sofrimento, cheia de bons momentos,
de lutas ganhas, façanhas, proezas, gentilezas ...
Uma história que lembrasse quantos tesouros descobrimos
na pobreza de nossas mesas,
também descobertas.
Uma história que rememore um certo
“Dia dos Namorados”
em que nada havíamos comprado para uma troca de presentes.
Lembra?
As lojas eram raras e caras!
As flores eram colhidas nos jardins ou nos quintais.
Nesse Dia, não se rimou flor com amor.
Nenhuma rosa se encontrava mais.
Foi quando inauguramos,
só para nós,
“O Sempiterno Dia dos Namorados”.
Um dia sem horário, fora do calendário,
sem começo e sem fim.
Assim:
Eu, eterno presente,
e você eternamente junto de mim.
“Ainsi soit-il !”