Menina do bem... Do ser... Da vida

Menina, dengosa, dono do meu coração

Figura marcante da minha vida

Nos seus contos demonstrava a que vinha...

Nas palavras, me atingia, me confortava...

No alto, no baixo... Sempre verdadeira.

Patenteando a fonte me seduzia

Fazia do meu corpo um ninho de liberdade

Arrancando do âmago o conforto

Enrascava-me ao seu colo. Entorpecido...

Realizava ali o sossego, esquecia-se...

Viajava, então, protegida

Por um monte de sinal. Sorte minha.

A cabeça precocemente fascinada

Apreciava a sabedoria

Com astúcia incriticável...

Exagerada: valorizava-se, personalizava-se.

Ia além da imaginação, lúcida, como se deusa fosse

Encantava, alimentava os sonhos desse capacho.

Meu coração sorrindo de amor, enlouquecido

Cantava a esperança de tê-la para sempre...

Com pensamentos soltos, invadira o seu intelecto.

Urgindo fertilidade, consolava os intocáveis

Marcava presença, contrariava regras...

Revelava marcas, suscitava idéias...

Menina de aspiração, de alma, de corpo,

Menina do bem... Do ser... Da vida.

Menina abençoada nos apertos

Não desanimava, relutava confiante

E pedia acode a sua “mãeinha’ .

Cromeu
Enviado por Cromeu em 08/06/2014
Código do texto: T4837333
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.