Daqui não saio!

Se eu sair daqui

vou deixar de ser vaqueiro,

e deixar de ser vaqueiro

eu não quero, nem por ordem do coveiro.

Minha casa é uma palhoça,

escondidinha aqui na roça.

Tem pouco espaço, não é vistosa,

mas pra mim é tão gostosa!

Lareira de fogão.

chão batido e vermelhão,

janela aberta pra compor

as lindas noites de amor.

Até que minha amada Lua nua,

feliz dos prazeres sem pudor,

diz-me formosa tão bela e pura:

eu volto, dorme tranquilo eu sou só tua.

Garnisé anuncia o amanhecer,

é linda a vista do terreiro.

Passarinhos cantam o dia inteiro,

daqui não saio, aqui quero viver.

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 08/06/2014
Reeditado em 08/06/2014
Código do texto: T4837259
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