Canção Outono Inverno
Entre uma taça de vinho e outra
Melancolia, traços de vida em goles
Suaves, ah, sublime silêncio,
As águas também movem os moinhos do norte,
Como o beijo orando em orações!
Na parede muda as sombras,
Pelo cortinado branco a doçura
Do instante da tatuagem, do elemento ar
Ventando, sussurrando, declarando-se,
Acima de tudo é uma lágrima, cristalina!
Da espinha dorsal, arrepios,
Suspiros em amiúdes, do retrato
Em preto e branco, as cores do luar
Refletindo do espelho, do desejo
De pecar em amores, perdão!
A brisa é gélida, outono inverno,
Xale de aquecer o peito, os seios
De amar e sentir o âmago pulsar!
02/06/2014
Porto Alegre – RS