SAUDADE
Eu quero compor
no silêncio da madrugada
a sutileza do nosso amor
cantar mais uma serenata
e desfilar em procissão
os versos livres
de uma paixão
que nasceu nos anos dourados
de um tempo que não volta mais.
Tempos dourados
vividos nos corredores
do Ginásio Pernambucano
testemunha de muitos amores
muitos causos
muitos contos
cantos
e prantos.
Ai que saudade que dá
da rua da Saudade
do Espaço Pasárgada
do Teatro Valdemar de Oliveira
dos versos do Poeta do Azul
de Ascenso Ferreira
Manuel Bandeira
dos tempos de outrora
na rua da Aurora.
Musa dos longínquos
carnavais
dos Patusco
Marim dos Caetés
Pitombeira
e Elefante
Oh, linda menina
Olinda que me fascina
da Praça do Carmo
e do Alto da Sé
doces lembranças
de um tempo
que o vento levou
e não volta mais.
By, DINIZ. Salatiel Soares,
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