UM VULTO

Um vulto à espreita,

do seu caminhar fugidio,

por esta rua estreita,

com olhar perdido, vazio.

Um vulto que espera,

você passar todo dia.

Aguarda um sorriso, quem dera,

pra lhe fazer companhia.

Um vulto na esquina,

querendo seu corpo tocar.

A sua chegada ilumina

e se não vem, faz chorar.

Um vulto que sente,

no ar, perfume só seu.

Poeta a lhe amar e não mente,

pois este vulto sou eu.

LINDA INTERAÇÃO DA QUERIDA POETA SOL LOPES:

" Sou um vulto sempre à espreita,

com olhar atento e coração sedento,

com fome de amor, sede de ternura.

Um vulto sentado à mesa, à espera do alimento.

O coração vazio de calor,

sempre à espera do amor,

faminto e solitário na mesa vazia.

Então percebe que o amor é um banquete,

ao qual não foi convidado."

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 01/06/2014
Reeditado em 01/06/2014
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